Em reunião com 16 governadores de todo o País, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse nesta terça-feira (8) que vai analisar se unifica a relatoria de cinco ações que tratam da destinação aos Estados de mais receitas obtidas com a repatriação.
O STF já recebeu pelo menos cinco ações que questionam a lei de repatriação, que foram distribuídas para quatro relatores diferentes: os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Celso de Mello.
Os Estados questionam que a lei de repatriação não prevê que o valor arrecadado pela multa aplicada sobre a repatriação de ativos seja destinada ao Fundo de Participação dos Estados, o que violaria a Constituição. O assunto foi tratado em reunião dos governadores com Cármen e em um outro encontro, com o ministro Barroso. A mesma reivindicação está sendo feita pelos Municípios.
"O que eu acho ideal é que haja uma decisão uniforme. A pior coisa que poderia acontecer é um Estado conseguir (uma decisão favorável) e o outro não. O STF tem de falar a uma só voz nessa matéria, não pode haver divergência", disse Barroso.
Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Tocantins já ingressaram com ações no STF visando à obtenção de mais repasses da lei da repatriação.