A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã desta terça-feira, 6, deu mais importância aos esforços para a aprovação de reformas fiscais, ao dizer que esses ajustes não apenas têm reflexos importantes no processo de desinflação – como já era enfatizado no documento anterior – como também são fundamentais para o desenvolvimento da economia brasileira. O colegiado acrescentou ainda que deve “acompanhar atentamente” esses esforços.
No documento, o Copom voltou a avaliar que o processo de implantação dos ajustes necessários na economia, inclusive de natureza fiscal, apresenta-se, ao mesmo tempo, como um risco e uma oportunidade para o processo desinflacionário em curso. Os diretores do Banco Central repetiram que o balanço entre esses riscos ou ganhos de confiança dependerá da percepção sobre a velocidade do processo de ajuste.
Mesmo assim, a ata novamente não trouxe as informações referentes aos parâmetros de déficit e superávit primário para este e para o próximo ano, como costumava trazer até o penúltimo documento.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, a instituição considerava como indicador fiscal o resultado primário estrutural um déficit primário de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Para 2017, o BC apresentava a perspectiva de superávit de 0,90% do PIB no RTI.